segunda-feira, 4 de abril de 2011

 Eu sou aquele arrepio, sem vento e sem frio, subindo a tua perna. O grito comprimido dentro de um pote, o cheiro cheiroso que te esquenta o cangote. Eu sou o teu inferno, sou a tua paz, o passado que vai a frente, o presente correndo atrás. Eu sou aquele que te segue enquanto anda, tragando teu cheiro de mel e de lavanda. Sou a gota de saliva que escorre do beijo, escorre na louça, ilumina o que vejo e não mais que justo segue sua trilha, desliza em teu busto e transborda a virilha. Eu sou o que essa gota é agora, passeio em teu corpo, pouso em tua mão, só que eu não vou embora